
Confirma-se...
A ânsia era muita, a crítica era péssima. Nós queriamos acreditar até ao fim que toda a gente estava enganada e que Shyamalan era apenas incompreendido, como foi, na minha opinião, em The Village. Aqui não é o caso.
O mais frustrante é que nós temos a sensação de que esta história podia ter dado para tanta coisa mais. A lenda que serve de inspiração é de uma imaginação fervilhante, mas quando chegou à altura de passar para o papel, Shyamalan perdeu-se, envolveu-se no seu pretensiosismo e foi incapaz de descer do pedestal em que se auto-colocou. Mesmo depois da Disney lhe ter dito gentilmente que aquele argumento não tinha pés nem cabeça ele continuou a achar-se um génio incompreendido.
Resultado? Uma ridícula tentativa de filme, com um argumento completamente desmenbrado. Um grupo de pessoas que aceita um ser de outro mundo como se fosse apenas um visitante de um qualquer país vizinho, uma criança que vê o futuro em caixas de cereais, uma prostituta asiática que nos querem fazer passar como estudante universitária. Lobos que em vez de pele têm relva (definitivamente, a pior tentativa alguma vez feita de criar um monstro) , um crítico de cinema que, confrontado com o perigo, desbobina clichés de outros filmes de terror. Aliás, é surpreendente como o filme faz questão de gozar com os clichés do cinema e depois acaba por cometê-los todos. Shyamalan pensava que só por ser ele a realizá-los conseguiria fugir ao óbvio. Não só não consegue, como não consegue passar do básico.
Chega a ser penoso ver Paul Giamatti e Bryce Dallas Howard a esforçarem-se tanto para um resultado tão triste. O meu conselho, mesmo sabendo que ninguém o vai seguir, é que fujam deste filme. Não desperdicem o vosso dinheiro e o vosso tempo. 
A minha classificação é de 3/10 Etiquetas: Criticas |
mesmo assim, vou ver...